quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A TV iurdiana

Frente às acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelos bispos da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), as lideranças da Record não perderam tempo em divulgar informações e transmitir reportagens sobre o "papel social" que a IURD empreende no Brasil e no mundo, buscando desconstruir as acusações recentes.
Apesar da emissora declarar-se "laica", a Rede Record de Televisão tornou-se, desde que a IURD a adquiriu, num espaço destinado a defender os interesses da cúpula iurdiana contra múltiplos grupos hostis à seu crescimento na sociedade brasileira, como as organizações Globo e a Igreja Católica. As acusações contra a igreja são rechaçadas pelo discurso vitimizador que suas lideranças praticam, ou seja, as críticas contra a IURD somente ocorrem em função de uma suposta "perseguição" contra todos os sujeitos que a integram, críticas essas que vão contra o texto constitucional que prevê a liberdade religiosa no país, um ponto bem ressaltado pelos iurdianos em seu aparato midiático.
A equação é simples: se os membros da IURD sofrem perseguições, devem buscar ampliar seus espaços e campos de ação a fim de defender os interesses da igreja. O problema é que nisso estão incluídas justamente a razão principal de sua megaexpansão: a lavagem de dinheiro, a formação de quadrilha e mais uma infinidade de práticas ilícitas, do ponto de vista jurídico-fiscal; marcadas registradas de Edir Macedo e companhia ilimitada.

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